Eu quero a vida nua e crua. Quero matar as sedes bebendo de minhas próprias águas. E que toda alegria e toda dor que eu sentir venha de meu próprio ser nascendo, crescendo e morrendo. E que toda força e coragem para viver não nasça da ideia de que há um filho a criar. Que toda eu seja causa e consequência de mim mesma. E que quando eu morrer nada mais reste. Quero a vida que se iniciou no ventre da mãe e que vai acabar com a minha inexistência. Quero me levar toda e não deixar partes minhas espalhadas por aí. Que a minha razão de viver se ache toda dentro do meu mundo. É forte aquele que resiste até o fim alimentando-se de suas fontes internas.